segunda-feira, 18 de março de 2013

CROQUI - Último Adeus


Tipo de pedra:
A região do maciço do Itatiaia, segundo maior do mundo em composição geológica, é de origem eruptiva, embora não esteja incluída no grupo das vulcânicas. Sua composição é de rochas filonares (bostonito, tinguaito), efusivas (fonolito, nefelino, leucitito) e plutônicas (foiaítico, araxaito, puskalito). Estudos indicam ainda que a região contém cerca de 70% em bauxita (alumínio e sílica). Para os montanhistas, granito da melhor qualidade.

Primeiras ascensões:
Em 1979, foi conquistada a primeira via de escalada no local pelo "irmãos metralhas", como era conhecido o trio de escaladores, mas essa escalada não chegava ao cume da pedra. Somente em 1999 os irmãos Jorge Alberto Guedes e Fábio Corrêa Guedes, conquistaram os 90 metros da pedra.

Estilo predominante: Escalada Esportiva

Número de vias (aproximado): 30

Como Chegar: PNI – parte baixa - Ingresso R$ 10,00 por pessoa – carro não paga mais. Ao avise que vai escalar no Último Adeus assine o termo de compromisso, estacionamento no Mirante do Último Adeus, tranque o carro e volte na estrada descendo uns 500 metros, a direita de quem desce uma praça de animais silvestre logo depois a descida da trilha a direita, bem aberta 20 minutos de trilhas até a pedra dependendo do ritmo. Vá até uma bifurcação com bambuzeiro, continue a direita seguindo o barulho do Rio, quando avistar o Rio verá uma represa capitação de água de Itatiaia – lindo poço para se banhar, vale a pena uma ida no meio do Rio olhe para frente e verá a pedra do Último Adeus imponente 100 metros de rocha. 





Parede do Cantinho

1 - Via do Cantinho VIsup (15m) –
Jobson de Oliveira, Fernando Zikan, Cleidir Fitipaldi, Jorge Hamilton, 1992

Sua Entrada é relativamente fácil num pequeno diedro até o primeiro grampo, a partir do qual a via segue em diagonal para direita. O rapel pode ser feito abandonando um fita ou seguindo a parada dupla da "Grand Finale" (chapeletas com argola).

2 - Grand Finale 6º VIIc A2+ E2 (90m) –
Jorge Alberto Guedes e Fábio C. Guedes, 2000

Excelente via, exigindo quase todas as técnicas conhecidas do escalador. Inicia-se em aderência com proteções fixas, passando para o livre com proteções móveis em uma fina fissura para dedos, em oposição no mais belo diedro de Itatiaia. Chegando no meio do diedro, já negativo, predomina então o artificial.
Originalmente conquistada toda de baixo para cima, essa via requer um bom condicionamento dos escaladores. As proteções móveis, embora de "boas" colocações, tendem a se soltar, pois a fissura possui ainda muita terra.

3 - Abelhas Cachorras VIIa  (20m) –
Roberto e Ricardo Soares, 1999

Fenda toda protegida com grampos inox passando por um lindo teto (crux), e depois chegando a uma parede onde está o ponto de parada da via Segredo do Sucesso.

3A - Segredo da Abelha IXb (30m)
Essa via é a junção das vias Abelhas cachorras com a virada do teto e a via Segredo do Sucesso até a segunda parada no segundo platô em uma enfiada apenas. Recomenda-se usar costuras longas embaixo do teto e na primeira parada dupla.

4 - Ano Bom VIIIb (20m) –
Jorge Hamilton, 1996

É uma das mais difíceis da parte baixa. As proteções fixas estão um pouco longe, o que pode confundir o traçado da via.

4A - Grand Ano VIIIc 50m
Junção das vias Ano Bom e o diedro da Grand Finale. Uma das vias mais belas do setor.

5 - Segredo do Sucesso VIIIc –
Fabrício Paiva, Roberto e Ricardo Soares, 1998

Esta via foi equipada trançando-se o caminho de um antigo rapel existente no local. Ela conta com proteções fixas um pouco distantes. É utilizada como via de descida para a base das escaladas.



Face Principal

6 - Taurus Vsup E2 (40m) –
Jobson de Oliveira, Cleidir Fitipaldi, 1992
Excelente via, devido a boa qualidade da rocha, utiliza-se proteções móveis. Sua entrada é feita por um indiscreto trepa-pedra e segura mato, passando por algumas raízes e seguindo por uma espetacular fenda para dedos no encontro de duas paredes. No final, há uma chapeleta e acesso para o "Ninho do condor" onde você verá um grampo, utilizado como ponto de parada.

7 - Via Nata IVsup (5m) - (roubaram 3ª chapeleta) –
Roberto e Ricardo Soares, 1998
Com aproximadamente cinco metros e três chapeletas, esta via se inicia em uma evidente fissura para dedos passando a pequenas agarras em aderência. Muito utilizada como variante para as demais vias da parede principal.

8 - Variante Equilíbrio distante VIIIa (4m) - (sem proteções tiraram)
Jorge Hamilton e Jobson de Oliveira, 1997
Para chegar a esta variante, entre pela "Nata" e vá para a esquerda, você verá as duas chapeletas que a delimitam exatamente no crux. Depois siga pela "Taurus" utilizando as proteções móveis. Esta variante apenas duas proteções, mas oferece um ótimo lance de pura aderência e equilíbrio até alcançar a fenda.

9 - Minotaurus IIIsup E1 (25m) - (roubaram 2ª chapeleta)
Jobson de Oliveira, 1992
Via fácil com pequenas agarras. A parede segue em zigue-zague, com inclinação favorável. Ótima para quem esta iniciando no esporte. Protegida com grampos e chapeletas. É o caminho mais fácil até emendar na "Orion" que leva ao platô "Ninho do condor". Ali será seu ponto de parada e descida.

10 - Orion IIIsup E1 (10m)
Jobson de Oliveira, 1992
Continuação da "Minotauros". Ela terminará no "Ninho do condor". Alterne costuras longas para reduzir o atrito da corda.

11 - Formiga IV E2 (30m) – (duas primeiras proteções estado duviduso, backup móveis na fenda) –
Alexandre Anderson, Cleidir Fitipaldi, Carlos Peixoto e Fernando Zikan, 1990
Uma das primeiras vias ali conquistadas. Sua saída se dá por uma corredor de pedras e terra facilmente avistado. Ela segue por uma larga fenda de pés e mãos, contorna para a esquerda uma barriga de pedra e acessa a "Taurus".

12 - Variante Formiga atômica II VIsup (4m) –
Jobson de Oliveira, 1997
Com apenas uma chapeleta tem -se uma variante bem rápida e técnica. Seu início pode ser por qualquer via. Ela emenda no final da "Taurus".

13 - Bat Via VIIa (20m) –
Fabricio Paiva, Roberto Soares, 1998
Toda equipada com proteções fixas, é uma excelente via que exige preparo físico. Seu acesso é ao lado da "Formiga". O crux esta entre a primeira e a terceira proteção. As agarras são pequenas, onde é fundamental o equilíbrio.

14 - Pequena notável VI (8m) -
Jorge Hamilton, 1997
Localizada na face principal, suba pelo corredor de pedra e terra a direita, passe pela rampa de onde já pode avistá-la, tome cuidados adicionais com o precipício "Buraco da bruxa". A primeira proteção encontra-se alta, nesse caso não arrisque uma queda inútil, proteja antes. É uma excelente via saindo de um negativo e passando por uma seqüência de fendas horizontais.

·          Entre a via 14 e 15 existe uma nova via numa aresta 4 ou 5 chapas num negativo termina numa malha rápida autor e graduação desconhecida.

15 - Escorpião A0 (10m) – (não existe mais)
Fernando, Paulo e Carlos Zikan, 1979
É a via mais antiga. Foi feita inicialmente com pitons e cunhas de madeira. Protegida posteriormente com três proteções fixas das quais todas estão em péssimo estado de conservação, pois a parede encontra-se úmida durante todo o verão. Ela foi o primeiro acesso ao "Ninho do Condor" (projeção em livre).

16 - Primeiro Adeus 4º VIsup E2 (70m) – (muito suja e abandonada, provávelmente grampos podres)
Fábio Guedes e Jorge Alberto Guedes, 1999
Esta via é relativamente fácil e tem a vantagem de levar até o cume. Contudo só é escalada nos meses de junho a novembro, nos outros meses encontra-se geralmente molhada. Foi a primeira via a atingir o cume, exatamente vinte anos após a primeira conquista deste point. Conquistada toda de baixo para cima, conta agora com boas proteções fixas, porém o rapel depois da primeira para não pode ser feito com apenas uma corda. Como ela foi conquistada à partir do "Ninho do condor" sugerimos entrar pela "Pequena Notável", depois fazer várias paradas evitando assim o atrito na corda.

17 - Via Treze, III (A0/VI) (20m) –
Fernando e Carlos Zikan, Jobson de Oliveira, Cleidir Fitipaldi, 1981
É uma linda via, que sai do "Ninho do condor" e faz uma pequena travessia para a direita com poucas agarras de mão, mas uma verdadeira trilha para os pés. Ela passa pelo "Salão Azul" (onde pode ser feito um rapel todo negativo de vinte e três metros) e segue para a outra face da pedra. Este lance conquistado em artificial pode ser feito em livre, trata-se de uma teto com uma exposição de vinte metros seguido de uma "arrasta pedra" passando por um piton ali abandonado até chegar ao grampo já na outra face.

18 - Hasta La Vista 10a/b? 20m
Via que se inicia a partir do ninho do condor e que segue pelo imenso negativo acima do salão azul. Ainda não foi encadenada mas seus movimentos todos isolados. 

Parede Oculta

18 - Impossível... de não fazer IVsup (15m) – (maneiríssima somente top rope)
Fábio Guedes, Jorge Alberto Guedes e Guilherme Rocha, 1999
Trata-se de um top rope com grandes lacas que segue para a direita fazendo uma leve oposição até o grampo. Para montar o top rope rapele pela "Escorpião" até alcançar o grampo que serve à "Face oculta".

19 - Nível "A" VIIb (15m) – (show, porém também de top rope)
Fábio Guedes, Jorge Alberto Guedes e Guilherme Rocha, 1999
Inicia-se por um discreto negativo, com duas boas agarras para os dedos. Seguindo uma micro fissura sempre para direita então a a largas fendas horizontais bem abaixo do grampo. O top rope pode ser montado pela "Escorpião".

20 - Possível... de não fazer VIIIb? (15m) – (também de top)
Fábio Guedes, 1999
Já foi escalado 2/3 do traçado, faltando ainda crux.
Trata-se de um boulder a beira do rio. Foi equipado com chapeletas para guiar. É uma via bonita e com boas agarras. No verão o rio poder estar cheio, neste caso tenha cuidado para não molhar os pés, ainda não foi registrado nenhum... tchibum.

Setor WC –
A direita da parede oculta com três vias.

22 - Mulheres VIIb (10m)
Roberto Soares, Ricardo Soares e Marco Abreu 2005

23 - Indecisos VIIc/VIIIa (10m)
Roberto Soares, Ricardo Soares e Marco Abreu 2005

24 - Homens VIIIa (10m)
Roberto Soares, Ricardo Soares e Marco Abreu 2005

Paredão Dois Irmãos –
Fica a direita do Mirante, conta com três vias.

25 - Aresta Vsup (15m)
Roberto Soares, Ricardo Soares 2005

26 - Chá das cinco VI (15m)
Roberto Soares, Ricardo Soares 2005

27 - Vista linda Vsup (15m)
Roberto Soares, Ricardo Soares 2005

Bloco na Beira Rio (riberão)

21 - Tchibum V (15m) –
Ricardo Câmera, 1998
Fontes: Guia de Escaladas do Itatiaia; Roberto Soares 






Nenhum comentário:

Postar um comentário